O meu blog.... Baby Love

Este cantinho é dedicado a todas as mães, pais, grávidas, avós e todos aqueles que vivem no "mundo dos bébés".

O blog aborda assuntos tais como saúde, comportamento, educação, sentimentos, gravidez, curiosidades e muito muito mais....

Aceitam-se sugestões, ideias e crónicas.

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domingo, 27 de maio de 2007

Pré-eclampsia e eclampsia

A pré-eclampsia é caracterizada por tensão arterial elevada (hipertensão) acompanhada pela eliminação de proteínas pela urina (proteinúria) ou de retenção de líquidos (edema) que ocorre entre a 20.ª semana de gravidez e o final da primeira semana depois do parto.
A eclampsia é uma forma de pré-eclampsia mais grave, que provoca convulsões ou coma.
A pré-eclampsia verifica-se em 5 % das mulheres grávidas. É mais frequente nas primeiras gravidezes e nas mulheres que já têm a tensão arterial elevada ou que sofrem de um problema nos vasos sanguíneos. A eclampsia surge em 1 de cada 200 mulheres que têm pré-eclampsia e, em geral, é mortal, a menos que seja tratada com rapidez.

No entanto, desconhecem-se as causas da pré-eclampsia e da eclampsia. O risco mais importante da pré-eclampsia é o desprendimento prematuro da placenta da parede uterina.
Na pré-eclampsia, a tensão arterial é superior a 140/90 mmHg, aparece edema na cara ou nas mãos e são detectados valores anormalmente elevados de proteínas na urina. Também se considera que tem pré-eclampsia uma mulher cuja tensão arterial aumenta consideravelmente, mas mantém-se abaixo dos 140/90 mmHg durante a gravidez.
Os recém-nascidos de mulheres pré-eclâmpsicas têm 4 a 5 vezes mais probabilidades de ter problemas pouco depois do parto do que os de mulheres que não sofram dessa doença. Os recém-nascidos podem ser pequenos porque a placenta funciona mal ou porque são prematuros.
Tratamento
Ao contrário da tensão arterial elevada (hipertensão), a pré-eclampsia e a eclampsia não respondem aos diuréticos (fármacos que eliminam o excesso de líquido) nem às dietas de baixo teor em sal. Aconselha-se a mulher a que consuma uma quantidade normal de sal e que beba mais água. O repouso na cama é importante. Em geral, também é aconselhada a virar-se sobre o lado esquerdo, visto que assim é exercida menor pressão sobre a grande veia do abdómen (veia cava inferior), que devolve o sangue ao coração, e melhora o fluxo sanguíneo. Em certos casos, pode ser administrado sulfato de magnésio por via endovenosa para fazer descer a tensão arterial e evitar as convulsões.
Em caso de pré-eclampsia ligeira, acamamento pode ser suficiente, mas a mulher deverá consultar o seu médico de 2 em 2 dias. Se não melhorar com rapidez, deve ser hospitalizada e, se o problema continuar, o parto deve ser provocado quanto antes.
Uma mulher que sofra de pré-eclampsia grave deve ser hospitalizada e permanecer na cama. O facto de administrar líquidos e sulfato de magnésio por via endovenosa muitas vezes alivia os sintomas. Em 4 a 6 horas a tensão arterial costuma baixar até atingir valores normais e pode-se proceder ao parto sem correr nenhum risco. Se a tensão arterial continuar alta, são administrados mais fármacos antes de se tentar provocar o parto.
Uma importante complicação da pré-eclampsia e da eclampsia graves é a síndroma HELLP, que consiste no seguinte:
Hemólise (destruição de glóbulos vermelhos);
Aumento dos enzimas hepáticos (liver), que indicam lesão hepática;
Baixa (low, em inglês) contagem de plaquetas, o que indica uma deficiente capacidade de coagulação do sangue (um problema potencialmente grave durante e depois do parto).
A síndroma HELLP é mais provável que apareça quando se atrasa a instituição do tratamento da pré-eclampsia. Se surgir a síndroma, deve-se fazer uma cesariana, o método disponível mais rápido, a não ser que o colo uterino esteja suficientemente dilatado para permitir um rápido nascimento pela vagina.
Depois do nascimento, controla-se exaustivamente a mulher para detectar sinais de eclampsia. Uma quarta parte dos casos de eclampsia acontece depois do parto, em geral nos primeiros 2 a 4 dias.
À medida que o estado da mulher melhora de forma gradual, é incentivada a caminhar um pouco. Mesmo assim, pode ser-lhe administrado um sedativo suave para controlar a tensão arterial.
A hospitalização pode durar de poucos dias a algumas semanas, conforme a gravidade da doença e suas complicações.
Mesmo depois de ter sido dada alta, é possível que a mulher tenha que tomar medicamentos para reduzir a tensão arterial. Em geral, deve consultar o médico, pelos menos de 2 em 2 semanas durante os primeiros meses depois do parto.
A sua tensão arterial pode, no entanto, manter-se elevada durante 6 a 8 semanas, mas, se se mantiver alta durante mais tempo, talvez a sua causa se deva a outro problema e não à pré-eclampsia.


Nota: Este ano faleceu uma amiga após o parto (cesariana de urgência) porque tinha eclampsia muito grave mas infelizmente ela própria desconhecia que a tinha e os sintomas que apresentava eram indicadores de tal. Mas nas consultas nunca foi alertada para tal, embora se queixa-se dos ditos sintomas. Assim esta minha amiga faleceu após uma forte convulsão 2 dias após o parto . Deixou um filho prematuro, um marido extremoso, uma mãe, um pai uma familia, uma vida.... e só pode viver a experiência de ser mãe por meras 48 horas. Gravidas tomem atenção a todos os vossos sintomas nas gravidez e não se contentem com resposta tipo " isso é normal na gravidez" seja curiosa informe-se, leia saiba mais sobre a gravidez. E vivam a gravidez com muito amor mas com muita informação
Para que não haja tanta falta de informação, espero que este post assim como este blog venham a ter utilidade a alguém.

1 comentário:

Rohit Chando disse...

Muito obrigado. Este blog ajudou a intender melhor o estado da minha esposa.
Ela esta no 7o mês da gravidez e esta internada.
Estou preocupado porque ela tem 160/100 e tem dores de cabeça.

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