O meu blog.... Baby Love

Este cantinho é dedicado a todas as mães, pais, grávidas, avós e todos aqueles que vivem no "mundo dos bébés".

O blog aborda assuntos tais como saúde, comportamento, educação, sentimentos, gravidez, curiosidades e muito muito mais....

Aceitam-se sugestões, ideias e crónicas.

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terça-feira, 29 de maio de 2007

O papel da Doula


O parto há alguns anos atrás era considerado como um acontecimento de mulheres e para mulheres.
As mulheres tinham os seus filhos em casa, rodeadas das mães e/ou irmãs e outras mulheres que lhes prestavam o apoio emocional e físico e a parteira. Assim era no tempo de minha avó.
Ela teve 10 filhos e todos foram amamentados até aos 2-3 anos. Nunca teve dúvidas se conseguiria ou não parir, se conseguiria ou não amamentar os seus filhos.
Tinha um profundo conhecimento da sua sabedoria interior, conhecia a capacidade inata do seu corpo para a tarefa da maternidade. Entrou em trabalho de parto naturalmente, os trabalhos de parto e partos decorreram sempre sem pressas, sem adição de quaisquer agentes externos no seu corpo, tudo decorreu a seu tempo e ao sabor da vontade do corpo dela e do corpo dos seus bebés.
A transferência dos partos de casa para o hospital fez com que este cenário passasse a ser vivido apenas por uma pequena percentagem de mulheres.
Para a grande maioria das mulheres o parto é visto como algo a suportar para “merecer” o prémio final que é ter um filho.A sociedade tratou de afastar as mulheres da sua sabedoria interior.
Os cenários de partos em intimidade, privacidade foram substituídos por salas estéreis e frias, por vozes de comando sobre o que a mulher deve ou não pode fazer durante o seu trabalho de parto e parto e o emprego de forma rotineira de práticas e procedimentos que não estão suportados por evidências científicas e que, salvo raríssimas excepções, não trazem mais-valias para ela ou para o seu bebé.
Estas práticas e procedimentos incluem a tricotomia (raspagem dos pêlos públicos), o clister ou enema, a perfusão endovenosa, o jejum, a rotura precoce de membranas, a aceleração do trabalho de parto, a monitorização electrónica contínua, a episiotomia, o trabalho de parto e o parto em posições supina (deitada de costas), etc...
O suporte emocional passou a ser quase inexistente com a transferência dos partos de casa para os hospitais.
Na década de 1970, John Kennell e Marshall Klauss realizaram um estudo em que provaram, através de seis experiências clínicas controladas, que a presença de uma pessoa de apoio ao parto, do sexo feminino, encurta o tempo do primeiro parto numa média de duas horas, diminui a hipótese de cesariana em 50 por cento, parto com fórceps em 40 por cento, diminui a necessidade de medicação para as dores e anestesia epidural em 60 por cento, ajuda o pai a participar com confiança e aumenta o sucesso na amamentação.
Para designar as mulheres que sem aptidão profissional prestavam apoio no parto, no estudo efectuado por John Kennell e Marshall Klauss foi usado o termo doula.
A doula sobrepõe-se à frieza do ambiente hospitalar dando apoio emocional na gravidez, parto e pós-parto, escutando as dúvidas, anseios e medos da mulher e do seu companheiro durante o período maravilhoso que é a gestação, o parto e o pós-parto, não os deixando sem resposta, contribuindo para o reforço da confiança da grávida no seu próprio corpo, na sua capacidade inata de parir e amamentar o seu filho, tentando reaproximar a mulher da sua sabedoria interior.
Uma doula é alguém que, com ou sem experiência da maternidade, tem uma grande capacidade de amar o próximo (é principalmente de amor, segurança e confiança que a mulher que está para dar à luz precisa), está consciente da sua sabedoria interior, conhece o poder do corpo feminino, acredita na capacidade inata das mulheres parirem e tem vocação para apoiar outras mulheres nesta maravilhosa etapa que transformará para sempre as suas vidas.
A doula acima de tudo tem que saber escutar as necessidades da mulher grávida, procurando saber o que ela pretende com a sua gravidez e as suas expectativas em relação ao parto.
Uma doula é uma amiga, alguém que independente das suas convicções presta apoio e aconselhamento sem nunca dizer não deves ou não podes mas oferecendo a máxima informação possível para que a grávida/casal possa tomar as suas próprias decisões de uma forma consciente e informada.
A doula é alguém que sabe o que a mulher que está a parir quer ou precisa sem recurso a palavras. Ela tem um profundo conhecimento da mulher que acompanha, conhecimento este que vai adquirindo ao longo dos encontros que tem com ela e/ou com o seu companheiro durante a gravidez.
A doula é uma mulher discreta no cenário do parto, é uma mulher que não interfere no processo de nascimento, não observa, está ali como uma mãe que presta apoio a um filho, está ali para satisfazer as necessidades básicas da mulher em trabalho de parto.
A Doula não faz qualquer tipo de acto médico e portanto não substitui qualquer dos profissionais envolvidos na assistência ao parto.
A doula entra no espaço de uma parturiente, reage prontamente e está consciente das suas necessidades, disposição alterações e sentimentos calados. Não necessita de controlar nem abafar.
Todas as grávidas deviam ter os benefícios de uma doula. A doula não prejudica o papel do pai do bebé. Realça-o e liberta-o para se dedicar à tarefa tão importante de amar a mãe.
Tal como o Dr. John Kennel disse um dia, se um medicamento tivesse o mesmo efeito de uma doula seria contra a ética não o utilizar.

Agradeço desta à Cristina por se ter mostrado disponivel em divulgar aqui no blog o trabalho das Doulas
beijinhos
Ana
Sites importantes a consultar:

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Como é que sei que estou a entrar em trabalho de parto?




O parto é o momento mais esperado durante toda a gravidez. Nas últimas semanas poderá começar a sentir a “descida” da barriga.
Os primeiros sinais de início de trabalho de parto são:


Expulsão do Rolhão Mucoso, que consiste na eliminação, pela vagina, de muco gelatinoso, rosado ou acastanhado. A sua expulsão pode ocorrer dias ou horas antes do parto e significa que o nascimento estará para breve.


Rotura da Bolsa de Águas, que é a saída de líquido amniótico pela vagina, devido à rotura das membranas que envolvem o bebé. Pode sair lentamente ou de repente, em grande quantidade. Normalmente, é claro e transparente. Nesta situação deve dirigir-se ao hospital da sua área de residência o mais rapidamente possível.


Contracções Uterinas Regulares - No início do trabalho de parto, as contracções são irregulares (isto é, os intervalos não são certos) e são pouco frequentes. Começa por sentir que a barriga fica rija, podendo não haver dor. Progressivamente, vão-se tornando mais regulares, mais intensas e mais próximas. Quando as contracções forem regulares, com intervalos de dez minutos, deve dirigir-se à maternidade.


Atenção! Nas últimas semanas de gravidez é comum ocorrerem contracções irregulares e indolores, sem que isto signifique o início do trabalho de parto.

Parto de emergência em casa


Este tipo de parto não é comum, especialmente quando se trata do primeiro filho. Porém tal pode suceder e o melhor é saber o que fazer nessas circunstâncias.


Em que circunstâncias devo estar atenta para esta possibilidade?
Por vezes sucede que uma mulher que não tem sintomas de entrar em trabalho de parto, ou apenas sente contracções intermitentes sinta a necessidade premente de fazer força para o bebé nascer, mas isto não é frequente. Se já tiver tido um filho e o parto tiver sido anormalmente rápido, deverá estar especialmente atenta a qualquer sinal de parto na segunda gravidez para que possa chegar a tempo ao hospital. Porém, pode também acontecer que não tenha tempo para chegar ao hospital, uma vez que está a sentir contracções repentinas e fortes e a necessidade urgente de fazer força para o bebé nascer (a maior parte das vezes, a parturiente está certa quando sente que o bebé está para nascer). Nesta situação de extrema urgência deverá procurar manter a calma e pensar:

O que devo fazer primeiro?
Chame o 112, explicando a situação e pedindo assistência médica adequada. Depois chame o seu médico ou parteira, que deverão ficar consigo ao telefone até a ajuda chegar. Chame o seu parceiro ou quem deveria assistir ao parto consigo e se estes não puderem chegar a tempo, chame um amigo ou um vizinho que esteja perto. Destranque a sua porta para que a equipa médica, o seu vizinho, ou o seu amigo ou a quem quer que tenha telefonado possa entrar sem problemas, pois por essa altura você poderá não estar em condições de ir abrir a porta. Pegue numa toalha, lençol ou num cobertor, para que possa embrulhar o bebé quando este nascer, se não tiver nada a que possa recorrer e ainda estiver sozinha, utilize as suas próprias roupas. Se sentir a necessidade urgente de fazer força, tente atrasar esses sintomas através do método de Lamaze , beba muita água e não se esqueça de despir a sua roupa interior.

E se não resulta?
Se o bebé estiver para nascer antes da equipa médica chegar, tente guiá-lo para fora, o mais gentilmente possível. Se o cordão umbilical estiver à volta do pescoço do bebé solte-o devagar até deixar de estar ou então puxe-o com cuidado e o suficiente para que o bebé possa sair pelo meio, sem problemas. Quando o bebé estiver, completamente, cá fora, não puxe o cordão umbilical, espere até a placenta sair, o que acontecerá logo depois. Não tente amarrar ou cortar o cordão umbilical, deixe-o preso ao bebé, até a ajuda chegar. Seque o seu bebé imediatamente e depois coloque-o por cima de si e aqueça-o com o calor do seu corpo. Cubra a si e ao seu bebé com um cobertor seco. Tire qualquer muco ou líquido amniótico do nariz do bebé, passando gentilmente os seus dedos, de cima para baixo, pelos lados do nariz do bebé. Se o seu bebé não chorou espontaneamente ao nascer, tente estimulá-lo para que o faça, esfregando as suas costas ou agarrando-o pelos pés. Enquanto espera pela ajuda médica, tente amamentar o bébé, se ele quiser. Para além de lhe oferecer conforto e segurança, o mamar do bebé fará com que o seu corpo liberte oxitocina, a hormona que estimula a saída da placenta e a contracção do seu útero. No final tudo terá corrido bem e você e o seu bebé estarão saudáveis.
In: Clix canal Bébés http://bebes.clix.pt/home2.asp

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O que é que acontece no parto?


O que é que acontece no parto?
O parto é constituído por três etapas: dilatação, expulsão e dequitadura.
Dilatação: O colo do útero, por onde o bebé passa para sair, começa a encurtar e a dilatar até cerca de dez centímetros. As contracções tornam-se cada vez mais regulares e próximas. É o período mais demorado do trabalho de parto, podendo demorar de 12 a 16 horas, por vezes mais, num primeiro filho.
Se lhe apetecer levantar e andar, pergunte à enfermeira se o pode fazer. Quando estiver deitada, procure virar-se para o lado esquerdo, para facilitar uma melhor oxigenação do feto.No início e durante a contracção, deve inspirar profundamente pelo nariz, como se estivesse a “cheirar uma flor ”, e expelir o ar pela boca, como para “apagar uma vela”. Quando a contracção terminar, inspire e expire profundamente. No intervalo das contracções, respire normalmente, relaxando o mais possível.
Expulsão: Começa quando a dilatação estiver completa. Pode demorar de 20 a 40 minutos no primeiro filho. O feto desce ao longo da bacia e acaba por sair para o exterior através da vagina e da vulva. Pode ser necessário efectuar um pequeno corte do períneo (espaço entre a vagina e o ânus), para facilitar a saída do feto e evitar “rasgaduras” perineais ou do ânus.
A sua ajuda na fase de dilatação é preciosa. Procure seguir as instruções que lhe são dadas.
Em cada contracção, inspire profundamente e, depois, não deixe sair o ar enquanto faz força. A seguir, expire. Aproveite o intervalo entre duas contracções para descontrair e recuperar as forças.
Dequitadura: Depois do nascimento do bebé, a placenta e as membranas que envolveram o feto saem por si (se não saírem, o médico tira-as). Deve permitir que lhe massajem a barriga para ajudar a placenta a desprender-se do útero.
A seguir, se tiver sido necessário cortar o períneo durante o parto, há que fazer a sutura (coser) do corte. Não vai doer porque a zona estará anestesiada.
Após o parto, deve ficar deitada de barriga para cima. Se sentir que está a perder muito sangue, chame a enfermeira.


O que é a anestesia epidural?
É uma técnica utilizada para o tratamento da dor no parto. Consiste na introdução de um cateter (tubo) na coluna lombar (espinha), através do qual são administrados os medicamentos.
Este procedimento não é doloroso para a grávida, porque antes é feita uma anestesia local da pele. No entanto, a sua colaboração é preciosa para o sucesso da técnica. Colabore com a enfermeira e a anestesista, fazendo o que elas lhe recomendarem.
Após a analgesia, as contracções do útero e o trabalho de parto continuam a evoluir. Estará desperta, mas sem dores. Vão sendo dadas doses de analgésico, de duas em duas horas, ou sempre que se julgue necessário, até o bebé nascer. Deste modo, estará pronta a colaborar e a fazer a força necessária para o nascimento do bebé, sem a dor incomodativa.


Que cuidados devo ter após o parto?
Os cuidados de higiene pós-parto são importantes para o seu bem-estar e para acelerar a cicatrização do períneo.
Cerca de seis horas após o parto, uma enfermeira irá ajudá-la a levantar. Se não sentir tonturas ou dores de cabeça fortes, pode ir à casa de banho e caminhar um pouco. Podem colocar-lhe um saco com gelo na zona da sutura (costura), nas primeiras 24 horas pós-parto, para ajudar a reduzir o edema (inchaço) da zona e facilitar a cicatrização.
É importante tomar banho diário, manter limpa a zona genital e mudar com muita frequência (de quatro em quatro horas) os pensos higiénicos. É normal, nos primeiros dias a seguir ao parto, ter perdas de sangue vaginal que, a pouco e pouco, vão diminuindo de quantidade.
Aproveite para descansar nos períodos em que o bebé dorme, deitando-se, de vez em quando, de barriga para baixo.
Antes de regressar a casa esclareça todas as suas dúvidas e informe-se sobre quando levar o bebé para efectuar o “teste do pézinho”, à primeira consulta do pediatra e como registá-lo.
É normal que se sinta ansiosa, insegura e com alterações repentinas de humor e disposição durante as primeiras semanas após o parto. Mas se esses sintomas persistirem ou se agravarem deverá falar com a equipa médica que a acompanha.

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