O meu blog.... Baby Love

Este cantinho é dedicado a todas as mães, pais, grávidas, avós e todos aqueles que vivem no "mundo dos bébés".

O blog aborda assuntos tais como saúde, comportamento, educação, sentimentos, gravidez, curiosidades e muito muito mais....

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quarta-feira, 2 de maio de 2007

A música e os bébés


A música exerce um imenso poder sobre nós. Sobre as nossas emoções, o nosso estado de espírito, até sobre os nossos actos.
Dependendo do ritmo e do momento, uma música pode alegrar-nos ou entristecer-nos, acalmar-nos, inspirar-nos, envolver-nos a ponto de esquecermos tudo o que se passa à nossa volta.
Podemos ouvi-la baixinho ou muito alto, em qualquer lugar, a qualquer hora.
O mais importante, qualquer que seja o estilo, o ritmo, o volume ou o momento, é o facto de a música nos transmitir alguma coisa. Uma emoção, uma memória, um desejo, um sentimento.
E isso vale também para os bebés, incluindo os que ainda não nasceram.

Os primeiros sons
Se a música é capaz de transmitir emoções a uma grávida, o mais provável é que o bebé que ela traz dentro da barriga seja contagiado, não só pelos sons, mas também pela sensação de bem estar que esses sons provocam na mãe.
Por isso, não são muito aconselháveis as músicas mais violentas, com batidas fortes e repetitivas, ouvidas em altos berros. Em vez de acalmar a mãe e o bebé, poderão contribuir para um aumento da ansiedade e do stresse. E isto mesmo que a mãe seja uma fã incondicional do rock'n roll!
Vários estudos e várias experiências levadas a cabo neste campo permitiram chegar à conclusão que os fetos precisam, acima de tudo, de harmonia e equilíbrio emocional. Sabe-se, assim, que as composições de Mozart e Vivaldi os acalmam, que Brahms e Beethoven aumentam os seus movimentos e que a batida do rock acelera notavelmente o pulsar dos seus corações. É claro que isto não significa que, mais tarde, já crianças ou jovens, não venham também a gostar de músicas batidas, músicas mais mexidas e mais divertidas, que os façam saltar e dançar...
Dentro da barriga da mãe, no entanto, as preferências vão para os sons suaves e harmoniosos.
Não apenas porque os fetos são pequenos ouvintes, mais frágeis e mais sensíveis, mas também porque a música serve como elo de ligação entre o mundo uterino e o mundo exterior.
E se, ao princípio, as melodias se resumem a composições mais ou menos simples, executadas pelos próprios órgãos maternos - o bater ritmado do coração, o sangue que flui pelo cordão umbilical, a entrada e a saída de ar nos pulmões - rapidamente entram em cena outros sons mais elaborados. Sons que ultrapassam a barreira de líquido amniótico e se juntam para formar uma espécie de orquestra. À voz da mãe (o elemento mais importante da «banda») juntam-se, a pouco e pouco, outras vozes.
E às outras vozes juntam-se outros ruídos.
A água a correr, a buzina de um carro, a batedeira da sopa, um passarinho a cantar, a música, propriamente dita, um pouco por todo o lado. Seja sintonizada ao acaso no rádio do carro, cantarolada baixinho durante as lides domésticas, ou posta de propósito na aparelhagem da sala, sem que seja necessário ligar os headphones e colocá-los junto à barriga para que o bebé tire dela o máximo partido...
Emoções musicais
Através da música, mãe e filho podem criar desde muito cedo uma relação profunda e os sons podem ser uma das formas de a mãe (e o pai, por que não?) transmitirem ao filho emoções e sentimentos. Para além disso, acredita-se que escutar um tema especial ao longo da gravidez traz algumas vantagens, já que, para além de conseguir ouvi-lo, o feto consegue, a partir da 32ª semana de gestação, memorizá-lo.
Assim, a mesma música não só o acalma ao longo da sua vida uterina, como vai ter o poder de continuar a acalmá-lo quando sair cá para fora e a tornar a ouvir, desta vez sem a barriga da mãe pelo meio.
Se o efeito calmante da música nos fetos está comprovado através de várias experiências, o mesmo se poderá dizer em relação ao seu poder na estimulação da inteligência. Vários estudos iniciados na década de trinta vieram mostrar que composições como as de Mozart e de Vivaldi, por terem um andamento semelhante ao das batidas do coração materno, facilitavam a ligação das células nervosas umas às outras.
Provavelmente, não terá sido apenas este o factor que tornou mais inteligentes os bebés que ouviram os dois compositores, mas não parecem existir dúvidas quanto ao poder da música em termos do desenvolvimento do cérebro.
Mais calmos, mais sensíveis, mais inteligentes... Serão provavelmente assim os bebés que, desde cedo, se familiarizarem com a música. Mas, para isso, é necessário que as mães permitam que os seus bebés, muito antes de nascerem (no verdadeiro sentido do termo) nasçam para a música.


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