O meu blog.... Baby Love

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domingo, 27 de maio de 2007

O que é a icterícia?


Este problema que afecta grande parte dos recém-nascidos é um fenómeno físico provocado pela pouca maturidade do organismo do bebé. A icterícia revela-se através da coloração amarelada da pele e dos olhos do bebé e é um transtorno passageiro que em poucos dias desaparecerá mas, em muitos poucos casos – podemos mesmo dizer raros – poderá também representar um risco para o bebé e, nesse caso, será necessário medicação para a debelar.
Existem vários tipos de icterícia neonatal, com diferentes causas e como tal, diferentes tratamentos.
A icterícia fisiológica
É a mais comum das icterícias e afecta grande número de bebés recém-nascidos. Neste caso a doença está relacionada com a imaturidade do organismo do bebé que ainda não está preparado para processar todas as transformações biológicas após o seu nascimento.
Como ainda se está a adaptar ao novo meio ambiente, é normal que surjam algumas alterações inéditas para a sua limitada vivência fora do útero.
O que acontece é que, ao nascer, o bebé perde muitos glóbulos vermelhos formados essencialmente por hemoglobina fetal. Neste momento e para que haja uma oxigenação de todas as células do seu corpo, o organismo produz muito mais glóbulos vermelhos.
Se o fígado, elemento filtrante desses glóbulos vermelhos ainda está imaturo e não consegue eliminar a substância resultante dessa destruição dos glóbulos vermelhos, há acumulação de bilirrubina. Esta substância espalha-se pelo sangue e reparte-se pelo corpo do bebé, dando-lhe uma cor amarelada.
Esta icterícia não necessita de tratamento médico já que ao fim de uma semana, se tanto, desaparece. Na realidade costuma manifestar-se ao fim do segundo ou terceiro dia e desaparece antes do fim da primeira semana.

Icterícia por incompatibilida de sanguínea
A icterícia neonatal representa riscos para o recém-nascido, pode surgir devido ao facto da mãe ter o factor Rh diferente do seu filho. Ou seja, se a mãe tiver o factor Rh negativo e o filho tiver o factor Rh positivo, existe uma incompatibilidade. Na realidade, este problema está, hoje em dia, quase debelado já que a prevenção é cada vez maior e as terapias são cada vez mais eficazes. O que pode acontecer é que durante o parto, exista a possibilidade de que o sangue da mãe se misture com o do bebé e, de imediato, o organismo materno cria anticorpos contra o Rh diferente.
Se, nesta gravidez o problema não surge porque a quantidade de anticorpos criados não afectam significativamente o recém-nascido, o mesmo não se poderá dizer numa próxima gravidez. Aí, mal os anticorpos da mãe detectem a existência do factor diferente, para os quais foram produzidos, “atacam”. Após o parto e para evitar anticorpos no futuro, o médico pode ministrar imunoglobulina Anti-Rh. Se a prevenção não foi feita num parto anterior (o que em geral não acontece), o bebé poderá contrair icterícia e consequente anemia.

Neste caso, o médico prescreverá um destes tratamentos:
Fototerapia

Se a bilirrubina atinge valores entre os 14 e os 19 miligramas, coloca-se a criança numa cama especial com uma luz azul (é uma luz com um determinado comprimento de onda) durante umas 12 horas. Durante este período os olhos do recém-nascido deverão estar tapados e a terapia poderá ser interrompida de duas em duas horas para que a mãe amamente o bebé.
Transfusão sanguínea
Quando a bilirrubina é superior a 20 miligramas, os médicos optam por substituir totalmente o sangue do bebé (exanguineotransfusão) mas, esta terapêutica já é muito rara.
Pode também acontecer que haja uma incompatibilidade do grupo sanguíneo da mãe e do recém-nascido. Se a mãe pertence ao grupo 0 e o recém-nascido pertence ao grupo A, B ou AB, produz-se uma incompatibilidade. Nestes casos o pediatra limita-se a vigiar o recém-nascido para o caso de ser necessário prestar-lhe os cuidados médicos.
Icterícia causada pelo leite materno
A causa desta icterícia ainda não está completamente esclarecida mas presume-se que a presença da hormona pregnandiol e o aumento dos ácidos gordos poderão ser os factores que ajudam a manter esta icterícia, mas há recém-nascidos com as mesmas características em que a icterícia não é detectada. A icterícia causada pelo leite materno, não surge normalmente antes da primeira semana de vida.
Nessa altura a bilirrubina pode alcançar valores extremamente altos de 30 mg/dl e pode permanecer assim semanas ou até mesmo meses.
Para contrariar esta situação deverá ser interrompida a amamentação por um período de 24 a 48 horas.
Deste modo, assinala-se um rápido decréscimo dos níveis anteriores mas é também possível que ao amamentar novamente, esses valores voltem a subir mas não tanto como anteriormente. Neste caso, espera-se normalmente que a icterícia desapareça espontaneamente.
As doenças metabólicas como o hipotiroidismo e a diabetes na mãe, podem provocar icterícia neonatal. A icterícia é, hoje, controlada por qualquer pediatra e se por acaso o seu filho vier a sofrer dela, poderá ter a certeza de que o pediatra irá tratá-lo o melhor possível e dentro de alguns dias terá desaparecido, podendo desfrutar da companhia do seu filho sem qualquer problema.

Fonte: Revista Mãe Ideal nº11

1 comentário:

Anónimo disse...

Aí vai uma dica para as mamães, no caso da icterícia fisiológica, existe o famoso "picão", é aquele mato que quando você encosta sua roupa nele, ficam grudados na roupa um tipo de semente cumprida na cor preta. O chá da planta inteira, "com raíz e tudo" é muito bom para dar banho no bebê e também pode se tomar como chazinho. Em menos de uma semana já se pode notar a melhora na cor amarelada do bebê!!! Aprendí isso com a minha mãe, que aprendeu com minha avó, e assim vai. Ah, e fiquem tranquilas, a planta não é tóxica e não causam mal ao bebê nem à mãe!!! Bjus a todas!!!

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